Esta é a minha ordem
de preferência, não minhas apostas.
1. Nebraska
- Filme bom é aquele que reverbera. Você sai do cinema, mas o filme não sai de você.
A vontade que dá de conversar sobre o filme é uma forma de reviver as cenas. Quando
é assim, eu volto ao cinema e vejo no mínimo mais uma vez. Nebraska é isso. História
tocante, fotografia maravilhosa, ótimas atuações, exceto a do Bruce Dern, que é
muito mais que ótima. Não dá pra falar mais, só vendo. Meu preferido, mas não deve
ganhar.
2. Trapaça
– Se ganhar, ótimo! Ambientado lindamente nos anos 70, com boa trama, trilha sonora
classuda, sem a obviedade de se agarrar o tempo todo aos hits mais conhecidos
dos anos 70, mas nos momentos em que recorre aos hits, eles ganham sentido e força.
Como na cena da festa, que começa antes dela, com os casais nos carros, à
caminho, ao som de Goodbye Yellow Brick Road (por sinal, o single, na época “compacto
simples”, do Elton John foi o meu primeiro disco, presente do cunhado Edinho).
A cena toda, que tem participação ultraespecial de De Niro, deve ter uns 15
minutos. Depois da cena, deviam pausar o filme, a plateia sair, pagar mais um
ingresso e voltar. De quebra, uma boa imagem, não estranha por aqui: o político
corrupto preso chora e acredita do fundo do coração que só estava fazendo o bem
para a cidade. Dá vontade de fazer vaquinha e dar uma grana prá ele.
4.Ela –
Filme interessantíssimo sobre esta época de relacionamentos virtuais. O cara
instala um sistema operacional com uma espécie de inteligência artificial. Um
sistema que vasculha o computador e toda a rede para poder conhecer mais
profundamente o seu dono para se comunicar melhor com ele. Avisa dos e-mails,
dá opiniões, etc. Ocorre que a voz do sistema é a da Scarlet Johanson, e o dono
da voz se apaixona por ela, e a voz se apaixona pelo dono da voz. Passam a
namorar. Filme delicioso com reflexões atualíssimas.
6.Philomena
– Um convento na Irlanda mantém jovens mulheres praticamente como escravas,
dentre elas Philomena, que engravida. Como dinheiro sempre ajuda, o convento
tem a prática não muito cristã de vender os filhos de suas jovens escravas para
ricos americanos. Cinquenta anos depois, Philomena resolve procurar seu filho,
ajudada por um escritor. O filme escapa do dramalhão e da denúncia e segue pelo
caminho da leveza e do humor leve.
7.
O Lobo de Wall
Street – Ascensão e queda de um operador da bolsa sem lá muitos
escrúpulos, com cenas que só um Scorcese é capaz de fazer. O cara (Di Caprio)
vive chapado, inclusive no trabalho, o que lhe dá inspiração para reuniões motivacionais
daquelas em que todo mundo grita. Festas, putarias, Jonah Hill, sempre
divertido, etc. Mas quer saber? Chatinho, chatinho. O tempo todo na mesma toada
cansa. Aí alguém e diz “mas era assim que o cara vivia”. E eu com isso? Porque o
cara tem uma vida chata o filme é obrigado ser chato? No final, a gente sai
meio cansado.
Não
vi: 12 Anos de
Escravidão
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