domingo, 17 de abril de 2016

O DESTINO DO VILAREJO


Já usei o clássico Sete Homens e Um Destino em educação empresarial e em curso de administração, para falar de transformação por meio de empreendedorismo, valores e liderança. Hoje, 17 de abril de 2016, o uso pelos mesmos motivos. Ao filme:

Calveira, o chefe da quadrilha, era um bandido singular, carismático e bem-humorado. O problema é que seu bando saqueou demais o vilarejo, que começou a passar fome. O povo, humilde, começou a levantar a voz e buscava saídas. Um deles, o mais medroso, achava que era melhor continuar assim, pelo menos Calveira deixava um pouquinho, para eles não morrerem de fome. Se o enfrentassem, todos morreriam, com certeza, afinal não tinham armas e nem sabiam lutar. Foi aí que o mais velho e mais sábio sugeriu que contratassem uns pistoleiros para espantar Calveira e seu bando do vilarejo. "Como vamos confiar em pistoleiros?", perguntou alguém. Era a única saída. E assim fizeram: contrataram Youl Bryner, Steve MacQuen, Charles Bronson e outros quatro, Sete Homens e Um Destino.

Não havia nenhum santo entre os sete pistoleiros. Uns queriam as mulheres do vilarejo, outros o ouro que podia existir ali, em algum lugar. Mas o fato é que o povo decidiu depositar nos pistoleiros sua esperança. 

Quando Calveira chegou e viu os pistoleiros defendendo o lugar, tentou compra-los: “que tal metade do que roubarmos?”. Um pistoleiro, o novato idealista, levantou-se “e as pessoas do vilarejo, como é que ficam?”. Calveira, julgando-se ungido por Deus, respondeu: “É até uma heresia. Se Deus não quisesse que as tosássemos, não as teria feito como ovelhas”. Era assim que Calveira via o povo.

Nem essa retórica, nem a tentativa de compra, fizeram com que os pistoleiros mudassem de ideia. Cheios de brio, não se deixaram vender e, cada um por um motivo, se uniram e partiram para a batalha final. Dos sete pistoleiros, quatro morreram, mas o bando de Calveira foi destruído. O povo, libertado, recomeçou o trabalho, na esperança de um futuro melhor. Os pistoleiros que sobraram foram embora, apenas um dele ficou, apaixonado pela mais linda moça da vila.



Calveira, atingido no peito, incapaz de entender porque os pistoleiros preferiram enfrentar a morte a fazer acordo com ele, perguntou “por quê?” e morreu.

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