domingo, 4 de julho de 2010

Copa 2010 – Sorria, o Brasil ganhou!

O Brasil ganhou 5 copas graças ao talento, mas existem 2 bobagens que dizem por aí e que podem iludir você, leitor incauto:

1. Futebol bonito não ganha copa. Os idiotas da objetividade falam da derrota da seleção de 82 (futebol arte) e da vitória em 94 (futebol marcador e guerreiro). Não caia nessa bobagem. Em 94 quem venceu foi o talento, sim, o de Romário, cujos gols nos salvavam jogo a jogo até a final. O futebol marcador quase pôs a perder a copa e a final mais fáceis da história. Na final, contra uma Itália esfacelada, que não ganharia nem da Ponte Preta, o jogo foi para os pênaltis. E olha que o charlatão Parreira não queria convocar o Romário nem por decreto, mas teve que engolir devido à pressão popular. Já o energúmeno Dunga não cedeu e dançou. Resumindo: raríssimas vezes o futebol arte, ou o melhor futebol, perdeu uma Copa. Portanto, abrir mão do talento é burrice.

2. Em 2006 não ganhamos por causa do clima de festa. Bobagem: quem perdeu foi Parreira, que escalou mal. Ronaldo, Adriano, Cafu e Roberto Carlos, em horrível forma física e técnica, eram verdadeiros postes, não tinham condição de jogar nem na Ponte Preta. Seus substitutos estavam em excelente forma: Fred, Robinho, Gilberto e Cicinho (este, com 10 anos a menos que o senhor de meia idade Cafu, estava voando). No jogo que nos eliminou, Parreira deixou em campo os 4 postes. Zidane e a França dominaram todo o jogo. Fizeram o gol no começo do segundo tempo. Parreira só colocou o Cicinho e o Robinho no final do jogo, aos 32 e aos 35 minutos. Resumindo: quem perdeu em 2006 foi o técnico, não a festa (até porque a grande seleção de 2002, que venceu a Copa, era super festeira. Mas a CBF não entendeu e resolveu chamar para técnico um bedel, que nunca havia sido técnico na vida, e falou prá ele: acaba com a bagunça. E o bedel Dunga respondeu "deixa comigo, doutor, craque, só chamo se for de Cristo”.

E perdemos a Copa, é claro! Futebol é simples demais, basta escolher os melhores (inclusive o técnico) e botar prá jogar, sem esquecer nenhuma das funções vitais. Zagalo, limitado no aspecto tático, sabia que Copa do Mundo é o lugar dos melhores. Dunga não. Questionado por não chamar os melhores, despreparado e extremamente limitado como pessoa (coitado, é um bedel), se fechou com um grupo de medíocres. Os bons eram cordeirinhos. Quem não era nem um nem outro, ficou na sua, quietinho. Os medíocres colocam a hierarquia, o grupo e o espírito guerreiro à frente do objetivo maior (ganhar a Copa). Assim o grupelho se fechou. Os números, que significam muito menos do que os idiotas da objetividade acreditam, iludiram a imprensa e a torcida. 



O grupo de guerreiros focados neles mesmos entrou em campo irritado, bravinho, reclamando de tudo. Ainda no primeiro tempo Robinho estava nervosíssimo, Dunga parecia um surtado fora de campo. No segundo tempo, logo no início, Michal Bastos deveria ter sido expulso com uma entrada crimonosa em Snejder, mas o juiz fez vistas grossas. Em seguida, tomaram o gol e, sem maturidade, o time todo se perdeu. Outro problema: a seleção não tinha nenhum meia-armador (que organiza o time). É o que faz Schweinsteiger na Alemanha, Iniesta na Espanha e Snejder na Holanda. Um time não pode ganhar uma Copa sem um jogador que faça isso, como um time de volei não ganha sem levantador. Kaká não faz essa função, nunca fez. Temos craques que fazem isso, como Ganso (um dos melhores do mundo na atualidade), Zé Roberto, Diego e Alex. Juventude também é importante. Dunga não chamou Neymar e Ganso alegando que são novos e inexperientes (como se ele mesmo não fosse com técnico). O técnico alemão chamou Ozil, 21 e Muller, 20, que estão encantando o mundo.


Mas sorria, o Brasil ganhou! Porque quem perdeu para a Holanda não foi o Brasil, foi a seleção da CBF e do Dunga. O futebol brasileiro venceu, pois provavelmente teremos um técnico de verdade. Melhor ainda: perdeu a mediocridade que assola o país, desde o governo, passando pela gestão pública e chegando ao futebol. Morte à imbecilidade da supervalorização do espírito guerreiro, representado pelo primitivo Felipe Melo, eleito no ano passado o pior jogador da Europa, mas adorado por Dunga.


Quem sabe agora cuidaremos mais de valorizar o talento, a competência, a arte e a beleza?
Obrigado, Snejder!

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